dentro do de sempre, existia um sinal, tão perceptível quanto formiga miúda em piso escuro.
no não querer dizer mas já ir dizendo havia um pedido; um breve olhar de canto de olho previa um turbilhão de atos subsequentes; escrever com excesso de reticências formava um traço de sua personalidade; sorrir de aflição quando era indagada sobre qualquer coisa refletia tudo que tinha aprendido enquanto criança; fechar os olhos ao ver um clarão lhe dava um ar de precaução fora do comum; viver assolada pelo querer esquecer tornava seus passos visivelmente exatos e invisivelmente incertos; chorar assistindo a um comercial de margaria emanava uma sensibilidade que desconhecia; os pulsos fechados firmemente ao pegar no lápis demonstrava uma força para além do que ali continha.
achava que viver era mais sorte do que presente; insistia no vício.
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