quinta-feira, 25 de março de 2010

Pra ela...

Pra ela saber, tenho artifícios, manhas e trejeitos. Saber que ela vem, pra sacudir o meu astral e por aqui ficar, assim, inriquieta. Com ela, as coisas se encaminham, e como caminham. Parece que desfilam, a bailar pelo salão, para não mais parar, até amanhecer, até o sol gritar de euforia e calor.
Ah, é ela que me enche de motivos pra estar-estando, sempre num estar-estado inadimissível. Empaco, fico, permaneço. Ela vai. Ela volta. Parece que brinca, chora, ri. Parece que quer judiar de mim, mesmo. Sem pena nem dó, passos por passos, arregaça meu pranto e me entope de pragas o coração.
Parece que sabe, parece que não. Me perturba e me acanha, nega fulô, mulher-bicho. Diz que quer, diz que talvez. Joga fazendo graça e eu acho mesmo graça, de tudo e qualquer expressão dela pra mim.
Pra ela, tudo é festa e dança. E aí me vem e me sobra a ressaca, parece que o pesado só fica mesmo pra mim.
Queria ligar, mas nem tenho o telefone...