terça-feira, 27 de setembro de 2011

Parênteses: ABORTO!

Em meio a tanta literatura neste blog, hoje resolvo abrir um parênteses para falar brevemente sobre um assunto muito bem apropriado pelo movimento feminista: o aborto.
Amanhã, 28 de setembro, é o Dia Latino-Americano e Caribenho pela Descriminalização e Legalização do Aborto. Como sabemos, em nosso país a prática do aborto é considerada crime, porém nem por isso um enorme número de mulheres deixa de praticá-lo diariamente. E, justamente por não ser garantido pelo Estado, o aborto se tornou um dos principais motivos de óbito no Brasil.
Acima de qualquer ideologia ou religião, este dado não pode ser mascarado, descartado ou esquecido. A cada dia só cresce a estatística e nós, mulheres, estamos sendo privadas de um direito vital: o de decidir. A decisão sobre ser ou não mãe deve ser tomada somente pela mulher, sem que ela seja subjugada, ameaçada ou negligenciada socialmente por conta disso.
Cria-se a falsa noção de que com a legalização do aborto o número de mulheres que o farão aumentará absurdamente. Este é o argumento utilizado de forma rasa por quem não enxerga o aborto hoje como um problema de saúde pública. Mulheres (em sua maioria jovens, pobres e negras - outro dado que não pode ser desconsiderado) morrem diariamente em corredores de hospitais e também em suas casas por optarem por um aborto completamente inseguro e amador.
Claro que não somente a legalização resolverá esse problema, por isso entramos na luta por uma educação sexual que cultue a prevenção, assim como a disponibilização de contraceptivos para que a gravidez seja evitada e, por fim, é preciso que o Estado garanta o ABORTO SEGURO para que cessem as mortes dessas mulheres que são, como qualquer outra, cidadãs.
Este pequeno texto passa longe de algum do tipo formador e transformador de opinião, mas, de qualquer forma, me senti no dever de declarar por aqui que sou completamente à favor do DIREITO AO CORPO por parte da mulher.
Chega de opressão, chega de hipocrisia. Que as mulheres possam decidir e se sintam livres para exercer sua sexualidade!


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